O som da campainha ecoou pelo corredor da escola, sinalizando o início de mais um dia. Enquanto as crianças corriam animadas para suas salas, Lucas, um garoto de apenas 9 anos, caminhava devagar, segurando a mochila contra o peito como se fosse um escudo. Ele passava despercebido pelos corredores, evitando o olhar dos colegas, como se desejasse se tornar invisível. Há meses, Lucas enfrentava algo que não conseguia explicar. Piadas cruéis, empurrões no recreio e mensagens maldosas nos grupos de mensagens da turma haviam se tornado parte da sua rotina.

Lucas não entendia por que era alvo dos colegas. Ele só sabia que, dia após dia, sentia o peso do isolamento e da vergonha crescer em seus ombros. Cada risada que ouvia parecia ser uma confirmação de que ele não pertencia àquele lugar. As brincadeiras, antes inocentes, tornaram-se momentos de medo e ansiedade, e até mesmo o som da campainha que antes significava diversão agora trazia um aperto no peito…